Editorial
Bem vindo à Poli! Entrar na melhor escola de engenharia da América Latina é uma experiência fantástica, nós da atlética lembramos bem. No entanto, é só o começo da sua jornada universitária. Agora você, antes vestibulando, se transforma em Politécnico e, portanto, pode usufruir da Escola Politécnica da USP em toda sua polivalência. Para te ajudar com isso, a Vox Popoli chega a sua 53ª edição! Essa revista, que é mais velha que a maior parte dos departamentos da faculdade, tem o intuito de ajudar os ingressantes a aproveitarem a Poli. Então, dado que tirar o máximo da escola da sua vida exige conhecer as oportunidades e desafios que ela oferece, viemos aqui divulgar e explicar as várias partes que compõem nossa faculdade. Depois da leitura dessa revista, esperamos que vocês entendam o que torna a Escola Politécnica a melhor do Brasil.
De início, nas primeiras páginas desta Vox, contamos com as palavras de parabenização e motivação da Diretoria da Escola Politécnica, representada pelo diretor Prof. Reinaldo Giudici. Já tendo sido aluno, professor e administrador, ele é um ótimo embaixador da comunidade politécnica, na qual você é o mais recente membro. Como parte essencial dessa imensa rede de alunos, ex-alunos, professores e funcionários, você, ingressante, merece e precisa ouvir as palavras dele. É muita responsabilidade compor o mesmo grupo que inúmeros pesquisadores, políticos e empreendedores já fizeram parte, mas você certamente é capaz de contribuir para essa história. Por isso, sinta-se honrado e tranquilo em adentrar a Poli, responsável por promover alterações políticas, sociais, econômicas e tecnológicas nacionais e, inclusive, globais.
Em seguida, nós que estivemos na sua posição a poucos anos, lendo a 52ª, 51ª, 50ª ou 49ª edição Vox, gostaríamos de congratular e dar as boas-vindas a você! De estudante para estudante, de veterano para calouro, existem coisas que só nós podemos entender e trocar. Esperamos que você se sinta um pouco mais próximo da gente com esse texto e saiba que estamos aqui para ajudar vocês com o que quiserem. Não tem coisa melhor do que retribuir a ajuda que uma vez já nos foi dada e preservar essa revista de 983183 páginas é nosso jeito de demonstrar carinho. Conte com a gente para o que der e vier!
Assim, para te ajudar com esse começo de graduação trazemos nestas páginas algumas ferramentas essenciais, sendo a primeira delas o nosso Guia de Sobrevivência à Poli. Ele apresenta e dá as soluções para os prováveis primeiros problemas que você irá vivenciar na Poli. Tanto na parte acadêmica (Como passar em Cálculo 1? O que significa Algelin? Para que raios serve esse pedacinho de plástico com minha foto feia?) quanto em questões cotidianas (O que significam os números 8012, 8022 e 8032? O que é aquele prédio que parece um OVNI na frente do biênio? Qual o melhor prato do bandejão e porque a resposta é estrogonofe? ). Como se não bastasse explicar, também desenhamos. Nas páginas há um mapa da Poli e da USP. Eles podem parecer desnecessários, mas você irá precisar deles para decifrar a mensagem do seu amigo veterano quando ele disser “Passa na Bio e depois me dá carona do começo da Rua do Matão até o P3. Não esqueça de antes pegar seu bilhete USP no edifício Mário Covas. Mais tarde a gente precisa dele para colar na FAU já que só vai dar para passar pelo P1 de ônibus”. Existe uma razão pela qual chamam a região da USP de cidade universitária e não tem nada a ver com sua independência do município de São Paulo. É só que ela é beeeeem grande.
Falando de grande, vale destacar o nosso segundo recurso: as longas páginas da revista que descrevem as atividades extra-curriculares, a jóia da coroa da Escola Politécnica. Quer se envolver com a organização de eventos memoráveis para o corpo estudantil? Basta dar uma olhada na Atlética, Grêmio e Centros Acadêmicos. Quer treinar alguma habilidade específica? Participe das modalidades esportivas, extensões de engenharia, grupos empresariais ou grupos culturais. Quer tornar a Poli mais receptiva para minorias? Faça parte de algum coletivo. Quer conhecer pessoas novas? Qualquer uma das opções supracitadas servem. Seja para fazer robôs que lutam sumô, aprender a cantar ou escrever a Vox do ano que vem, as extensões vão te ajudar a chegar mais perto dos seus sonhos profissionais e pessoais.
Elas que trazem flexibilidade para a nossa graduação ao permitirem a experimentação atividades fora da grade, relacionadas ou não a engenharia. E tudo isso (quase) sempre de graça!
Elas exercem um papel tão relevante na nossa graduação que, com o tempo, as chamadas AECs chegam a virar sobrenomes. Pelo biênio, frequentemente se ouve da fulana da AAAP, o beltrano do VM, o juquinha da Zima e a mariazinha da PJ. Assim, trate de ler as páginas de apresentação das extensões com mente aberta e se (ou melhor, quando) algumas atividades acelerarem seu coração, organize-se para conhecê-las melhor, seja conversando com um veterano ou aparecendo em algum encontro aberto. Com uma gama tão ampla de opções, a única escolha errada é não escolher nada.
Por último, porém não menos importante, a revista também traz o dicionário dos bixos, o Bixonário. É muito comum que no início algum veterano te dê uma dica que te deixe mais confuso do que antes. Não tema! O vocabulário politécnico é realmente estranho à primeira vista, mas você vai se acostumar com eventualmente. E, nesse meio tempo, nossa seleção de termos complicados do mundo politécnico te ajudará a não ficar perdido.
Resumindo, a partir do momento em que seu nome apareceu na lista de aprovados, você virou um dos nossos e, portanto, temos a missão e o prazer de te ajudar a aproveitar a sua graduação ao máximo. E o caminho para isso, ao nosso ver, é se entregar completamente para ela. Por mais que a Poli seja complicada, ela não deixa de ser um livro aberto, às vezes de comédia, às vezes de tragédia. Assim, trate de, com o auxílio das páginas dessa revista, escrever sua própria história épica. Quem sabe algum ingressante não se inspire nela em um futuro próximo? A Escola Politécnica da USP é sua, aproveite!